Caucaia vai dedicar uma semana inteira do próximo
mês de maio para a realização de intensas atividades visando esclarecer à
população a importância de combater o abuso e a exploração infantil. Marcado para o período de 14 a 18, os detalhes
da programação foram discutidos nesta quinta-feira (26/4) pela primeira-dama
Erika Amorim e representantes de diversas secretarias municipais.
Serão promovidos blitze educativas, panfletagens em
pontos turísticos e de grande movimentação comercial, peças de teatro em
espaços públicos e mobilizações em escolas. O período foi escolhido em alusão
ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes, celebrada em 18/5.
A programação contemplará diversos bairros de
Caucaia e é uma das 87 ações do projeto Xodó, criado pela Prefeitura para
Caucaia ganhar o Selo Unicef, uma certificação internacional concedida somente
a gestões municipais que reduzem desigualdades e melhoram a qualidade de vida
de crianças e adolescentes.
“A cada cinco crianças, uma sofre algum tipo de
violência no Brasil. Esse é um dado muito alarmante. Fora o que não chega às
autoridades. Por isso, a gente tem que juntar as forças. Nosso litoral é uma
região que requer muita atenção”, defendeu a primeira-dama, articuladora do
Selo Unicef em Caucaia.
Proprietários de bares, restaurantes e barracas de
praia serão convidados a participar da mobilização contra o abuso e a
exploração infantojuvenil, assim como os dez Centros de Referência da
Assistência Social (Cras) e o Centro de Referência Especializada da Assistência
Social (Creas). Esses espaços recebem crianças e adolescentes todo dia ou lidam
diretamente com demandas referentes à infância e à juventude.
Além disso, a Comissão Intersetorial do Selo Unicef
deve procurar a Câmara Municipal de Caucaia para a realização de uma audiência
pública sobre o tema e reforçar o convite para os Conselhos Tutelares
participarem desse momento marcante para a cidade promovendo encontros em
escolas.
A ideia é divulgar o Disque 100 (canal gratuito e
sigiloso para fazer denúncias) e desmistificar o medo ainda existente para
pedir ajuda especializada em casos de abuso e violência. “Mais de 90% dos casos
do Disque 100 são de violação de direitos da criança e do adolescente. Então,
quanto mais divulgarmos esse serviço mais chances temos de salvar vidas”,
ressaltou o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Comdica), professor Evando de Sousa.
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