Avanço do mar já destruiu muitas edificações no Icaraí |
Uma luz no fim do túnel. Ao que parece, finalmente,
a praia do Icaraí vai receber obras que deverão barrar o processo de erosão e
minimizar os efeitos do avanço do mar. Pelo menos é o que promete a empresa
italiana responsável pela instalação do primeiro parque de energia eólica
offshore da América Latina em Caucaia.
Por meio de uma audiência pública marcada para o
próximo dia 11, a administração municipal vai debater o assunto com a
comunidade litorânea. Deverão participar a Câmara de Vereadores, representantes
da prefeitura, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), além dos investidores que vão apresentar o projeto. O encontro
está marcado para 19 horas, na escola Celina Sá Morais, no Icaraí.
Nesta quarta-feira, secretários municipais se
reuniram com técnicos da empresa investidora e discutiram pontos do plano de
instalação e operação, impactos e investimento do projeto. "O prefeito
Naumi, entendendo a importância para o município, já sinalizou positivamente.
Agora, estamos avaliando contrapartidas e vamos discutir com vereadores e a
população”, afirma o Assessor Para Assuntos Estratégicos da Prefeitura, Carlos
Eduardo Lima.
Entre os destaques apresentados pela empresa, está
o fim do desgaste da orla local, ocasionado pela erosão, com a instalação de
molhes (espigões), ao longo litoral. "Somos entusiastas do projeto por
acreditar que as medidas compensatórias permitirão que sejam sanados os danos
causados ao turismo daquela região", destaca o secretário municipal do
Turismo, Paulo Guerra.
Conforme o plano apresentado pela empresa, os
investimentos somam R$ 5,5 bilhões e deverão gerar quase dois mil empregos durante
a fase de instalação. De acordo com o
engenheiro da empresa, Lúcio Bomfim, após mais de 40 meses de estudos, a
empresa italiana apontou o litoral de Caucaia como o ideal para a instalação do
parque eólico. "É o primeiro parque offshore da América Latina. Em
produção máxima, o complexo eólico será capaz de suprir a necessidade de
consumo energético de 25% do Estado do Ceará", explica.
0 comentários:
Postar um comentário