Polêmica dos corredores gastronômicos: vereadora Natecia Campos propõe realização de audiência pública

A ação desrespeitosa dos fiscais da prefeitura de Caucaia em operações nos conhecidos corredores gastronômicos dos bairros Metrópole, Padre Romualdo e Planalto Caucaia tem movimentado as discussões na Câmara Municipal. Desde que as intervenções dos órgãos municipais foram desencadeadas, no início do mês, o assunto está na pauta das sessões.
Na sessão desta terça-feira, 19.09, o vereador Enéas Goes (PTC) usou a tribuna para denunciar as arbitrariedades das operações. Mais uma vez os parlamentares se posicionaram contrários à forma como a abordagem está sendo conduzida, de forma desrespeitosa e, às vezes, até truculenta como afirmou Enéas.
Entendendo que o caso exige uma tomada de ação por parte do legislativo na defesa dos comerciantes, a presidente Natecia Campos (PMB) propôs a realização de uma audiência pública. A iniciativa foi aplaudida pelos demais vereadores preocupados com o agravamento do índice de desemprego se os comércios forem fechados.
Mesas nas calçadas
A denúncia foi reforçada pelos vereadores, entre eles Mickauê (PR), Neto do Planalto (PMB) e Mersinho Gonçalves (PSD). Todos defendem a ação de fiscalização, mas discordam da maneira como está sendo executada por fiscais da prefeitura.
A operação realizada pela prefeitura objetiva regularizar o comércio nessas áreas que está atraindo os caucaienses no período da noite, principalmente nos finais de semana. Alguns corredores nos bairros do Planalto, Padre Romualdo e Metrópole, dentre outros, estão concentrando o comércio gastronômico e atraindo uma movimentação intensa.
Para atender a grande clientela, os comerciantes recorrem a atitudes que chamam a atenção dos órgãos fiscalizadores como colocação de mesas e cadeiras nas calçadas.
Constrangimento
Os vereadores, ao mesmo tempo em que apoiam a fiscalização, entendem que a operação deve ser educativa e não punitiva. O vereador Mersinho citou a abordagem feita na Padaria Pão da Vida, onde os fiscais chegaram intimidando os proprietários e também o clientes provocando “constrangimento”, disse o parlamentar.
Líder do governo na Câmara, o vereador Fábio Herlândio (SD) também falou sobre o assunto e disse que os fiscais estão confundindo “fiscalização com arbitrariedade”. Ele anunciou que vai conversar pessoalmente com o prefeito Naumi Amorim para que a fiscalização seja feita com um olhar diferenciado. O comércio de alimentos nos bairros é defendido por todos os vereadores, tendo como parâmetros o fato de movimentarem a economia, gerarem emprego e renda e possibilitarem o convívio social.